O governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda, completa nesta quinta-feira (11) um mês de prisão. Arruda está detido desde o dia 11 de fevereiro na Superintendência Regional da Polícia Federal no DF, acusado de tentativa de suborno ao jornalista Edmilson Edson dos Santos, o Edson Sombra. Sombra é uma das principais testemunhas do inquérito que investiga um suposto esquema de pagamento de propina dentro do governo do DF.
Durante este um mês, Arruda teve o habeas corpus negado por 9 votos a 1 pelo STF (Supremo Tribunal Federal), acompanhou a renúncia do seu vice Paulo Octávio, foi transferido de uma sala de cerca de 40 m² para uma de 10m² e sem banheiro privativo, teve a defesa desfalcada com a saída dos advogados José Gerardo Grossi, Eduardo Ferrão, Nabor Bulhões e José Eduardo Alckmin, e recebeu a notícia sobre a aprovação do parecer que pede a abertura de processo por crime de responsabilidade contra ele.
Sob o fantasma da possibilidade de intervenção federal no DF, a Câmara Distrital – antes majoritariamente a favor de Arruda – decidiu pela abertura de processo de impeachment contra o governador afastado. Notificado na segunda-feira (8) sobre a aprovação do parecer, terá agora 20 dias para apresentar sua defesa à Câmara Legislativa do DF.
Também já estão na Câmara pedidos do STJ de autorização para processar criminalmente Arruda afastado por tentativa de suborno e falsidade ideológica. Ele foi notificado ontem (10) dos pedidos e terá 10 dias úteis para apresentar defesa. A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Legislativa) ainda terá outros 10 dias para emitir parecer e levar o pedido para o Plenário.
Na Justiça Eleitoral, José Roberto Arruda corre o risco de perder seu mandato em processo ingressado pelo procurador-regional eleitoral Renato Brill de Góes. O procurador pediu ao TRE a cassação do mandato de Arruda no dia 9 de fevereiro, por infidelidade partidária. O governador se desfiliou do DEM em dezembro, depois que o partido ameaçou expulsá-lo da legenda por causa das denúncias de que comandaria um suposto esquema de pagamento de propina dentro do governo local.
Mais recentemente, a prisão de Arruda ganhou um novo capítulo. O governador afastado deixou a sala onde está detido para se consultar em um hospital de Brasília. A consulta ocorreu depois que o governador reclamou de dores e inchaço no pé direito, o mesmo pé no qual fez uma cirurgia em novembro do ano passado.
Além de inchaço no pé, o médico particular de Arruda, que foi autorizado pelo STJ a visitar o governador na PF, afirmou que Arruda ainda enfrenta um quadro de hipertensão, diabetes e depressão. O cardiologista Brasil Caiado deve visitar Arruda mais uma vez nesta quinta-feira para realizar mais exames no governador.
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