30 de mar. de 2010

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Papa é acusado de acobertar novo caso de pedofilia nos EUA

Um homem que diz ter sofrido violência sexual por parte de um sacerdote católico pedófilo, acusou nesta terça-feira (30) o Vaticano e o papa Bento 16 de ter protegido o padre Ernesto García Rubio, mantendo-o no cargo, informaram os advogados da suposta vítima.

Documentos em posse dos advogados que representam o homem, que não quer ter seu nome divulgado, mostram que o núncio apostólico - embaixador do Vaticano nos Estados Unidos - havia pedido à arquidiocese de Miami para proteger o padre Ernesto García Rubio, que precisou deixar Cuba em 1968 depois de problemas de "natureza moral".

Rubio "teve um cargo em uma paróquia de Miami durante 30 anos e tivemos conhecimento de dezenas de vítimas de seus abusos durante este tempo", disse Jessica Arbour, advogada da vítima, que diz ter sido agredida na adolescência, entre 1985 e 1987.

O homem processa a arquidiocese de Miami e pede US$ 20 milhões (R$ 36 milhões) por danos.

A advogada acusa, ainda, o papa Bento 16 que, como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé (de 1981 a 2005), teria "protegido os pedófilos às custas dos fiéis e de suas famílias".

Ela lembrou que quando um bispo começou, em 1990, um procedimento para secularizar o padre García, a Congregação para a Doutrina da Fé, em Roma, "perdeu o expediente".

Em seu site na internet, a arquidiocese de Miami lamenta que "o ataque" da advogada contra "o Vaticano" ocorra durante a Semana Santa, "a semana mais sagrada para os cristãos".

Os bispos católicos americanos "deram uma resposta aos problemas de abusos sexuais em uma carta promulgada em 2002 e continuarão cumprindo a promessa de 'proteger as crianças de Deus'".

Cardeal pede que se reze para o papa

O prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, cardeal Antonio Cañizares Llovera, pediu aos católicos que rezem pelo "papa Bento 16", nestes dias "difíceis" em que padres são acusados de abusos contra menores em diversos países.

Llovera falou sobre o tema durante uma missa celebrada na capela do Palácio de Montecitorio, sede da Câmara dos Deputados, em ocasião da Semana Santa. Estavam presentes na celebração alguns parlamentares como Maurizio Lupi, Pier Ferdinando Casini, Eugenia Roccella, Paola Binetti e Pierluigi Castegnetti.

Também hoje a Conferência Episcopal Paraguaia (CEP) emitiu um pronunciamento de apoio ao papa diante do que chamou de "ataques que aparecem na imprensa internacional", referindo-se às recentes denúncias.

No comunicado, os bispos do país latino-americano ressaltam que o Pontífice não duvidou ao adotar as medidas necessárias para que essas práticas não continuem e ao pedir perdão às vítimas e às famílias "com o firme propósito de emendar os pecados dos membros da igreja".

Um comentário:

  1. Sinceramente o Papa Bento XVI tem que para de acobertar casos de abusos sexuais na igreja católica

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