18 de mar. de 2010

No Ar: Tia News: Regime cubano volta a reprimir grupo Damas de Branco

Enrique De La Osa/Reuters

Pelo quarto dia consecutivo, a polícia de Cuba reprimiu o movimento Damas de Branco, que faz oposição ao regime dos irmãos Castro. Elas lembravam o sétimo aniversário da prisão de familiares e dissidentes cubanos nesta quinta-feira (18), quando foram perseguidas por policiais nas ruas de Havana.

A polícia fez uma barreira em volta do grupo, que gritava frases como ”Zapata Vive” e “Liberdade”. O dissidente e preso político Orlando Zapata morreu após 85 dias de greve de fome, deteriorando as relações do país com a União Europeia.

Agentes de segurança e partidários do governo do presidente Raúl Castro escoltaram as mulheres e permaneceram em volta delas até chegar à casa de Laura Pollán, líder das Damas de Branco.

Na quarta-feira (17), policiais arrastaram as manifestantes pelos cabelos e as colocaram à força em dois ônibus quando marchavam num bairro da periferia de Havana. Não houve prisões.

Primavera Negra deu início ao movimento

No dia 18 de março de 2003, os maridos e familiares das damas de branco foram acusados pelo governo de servir a uma potência estrangeira. A operação ficou conhecida como Primavera Negra.

Cuba acusa os dissidentes de serem mercenários a serviço dos Estados Unidos e diz que as críticas internacionais são parte de uma campanha midiática contra o sistema socialista. Além disso, o episódio esfriou a aproximação com o governo do presidente americano, Barack Obama, que no ano passado deu seus primeiros passos para acabar com a hostilidade entre os países

O governo comunista do presidente Raúl Castro descreveu Zapata como um delinquente comum que se matou voluntariamente, desobedecendo os conselhos dos médicos do cárcere.

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