
Os presidentes dos EUA, Barack Obama, e da Rússia, Dmitri Medvedev, assinaram nesta quinta-feira (8) o novo acordo nuclear, que prevê redução gradativa dos arsenais, em uma cerimônia em Praga, na República Tcheca.
Os tempos da Guerra Fria (1945-1989) – disputa marcada não pelo confronto direito, mas pela tensão de um iminente ataque, possivelmente nuclear, entre Rússia e EUA – pareciam estar enterrados de vez com os discursos de Obama e Medvedev.
No entanto, a aparente tranqüilidade ainda vai enfrentar dificuldades internas nos dois países, com a aprovação do acordo pela Duma, o Parlamento russo, e pelo Congresso dos EUA.
Durante sessão de perguntas e respostas após palestra na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), Nye, que além de professor emérito também foi um dos formuladores da política de segurança do governo de Bill Clinton (1993-2001) afirmou:
- Os EUA estão em um período ruim na política interna com o aumento do bipartidarismo.
O professor então citou que o atual momento não chega à polarização da era McCarthy (período entre 1950 e 1956, no qual comunistas e simpatizantes de esquerda foram perseguidos nos EUA), mas que ela pode complicar o andamento da política americana. Nos bastidores da palestra, ele citou a ratificação do acordo Start:
- Para ratificar o acordo são necessários republicanos e eu não assumo que isso será uma tarefa fácil com esse cenário de bipartidarismo. Vai ser um trabalho duro.
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