31 de mar. de 2010

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Presidente do Chile tira duas regiões do estado de exceção

O presidente do Chile, Sebastián Piñera, decidiu nesta quarta-feira (31) encerrar o estado de exceção decretado nas regiões de Maule e Bío Bío após o terremoto e tsunami de 27 de fevereiro, mas manteve a zona de catástrofe em outras regiões.

– Vamos manter a presença de nossas Forças Armadas nas ruas para que os efetivos continuem colaborando com a ajuda humanitária e, em segundo lugar, para que se comprometam, por um período, com a grande tarefa de reconstrução", esclareceu Piñera ao fazer o seu anúncio.

A declaração do presidente coincide com o vencimento do prazo do estado de exceção constitucional, de 30 dias, decretado após o abalo sísmico de 8,8 graus na escala Richter que devastou grande parte das localidades dessas regiões.

Por outro lado, o presidente informou que o decreto do estado de catástrofe será mantido entre as regiões de Valparaíso e Araucanía. Já em relação à reconstrução, Piñera disse que o governo se preocupará principalmente com a construção de moradias às famílias.

Também hoje o ministro da Fazenda, Felipe Larraín, anunciou que o governo irá investir uma quantia adicional de US$ 700 milhões para enfrentar as tarefas mais urgentes da reconstrução.

Deste total, US$ 144 milhões serão destinados à habitação; US$ 184 milhões à saúde; US$ 100 milhões à educação; US$ 63 milhões ao trabalho, e o restante às obras públicas.

Anteriormente, Piñera anunciou que seu governo iria implementar "uma economia de guerra" e uma "profunda austeridade" nos gastos públicos.

- Planejamos um corte geral de 5% nos gastos correspondentes aos bens de consumo, compras de equipamentos e maquinarias em todos os ministérios, explicou há cerca de uma semana. Na época, ele também reiterou que o país teria sofrido perdas de até US$ 30 bilhões.

Popularidade

Completando 20 dias de mandato, Piñera tem aprovação de 52% dos chilenos, de acordo com uma pesquisa divulgada pela empresa Adimark GFK.


O levantamento, que entrevistou 1.130 pessoas por telefone entre os dias 13 e 27 de março, ainda aponta que 18% dos chilenos já estão insatisfeitos com a gestão de Piñera.

A consultoria também perguntou a opinião da população sobre a forma como o governo tem enfrentado as dificuldades decorrentes do terremoto. A atuação das autoridades foi aprovada por 70% das pessoas questionadas.

Ainda segunda a pesquisa, que tem margem de erro de 3%, Piñera é considerado pela maioria dos cidadãos como "ativo e enérgico" e com "capacidade para solucionar os problemas do país".

Na comparação com o início da gestão de sua antecessora, Michelle Bachelet, os índices de Piñera são bastante semelhantes, pois, após um mês na presidência, a ex-presidente tinha uma popularidade de 53%. Já ao final do mandato, 84% dos chilenos estavam satisfeitos com o governo.

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